terça-feira, 15 de abril de 2008

Traficantes fazem festas rave

Nesta semana, um dos jornais mais lidos do Rio de Janeiro publicou uma matéria sobre festas de música eletrônica promovidas por traficantes nas favelas cariocas.

O teor da reportagem embarca nos lucros das drogas sintéticas, uma vez que os criminosos deixaram de assistir ao sucesso dos 'playboys' da zona sul na promoção das raves e na venda destas drogas e estão diversificando suas atuações.

Ao contrário do que acontece no mercado legal, nas favelas não existe cobrança de ingressos para entrar nas raves, pois o objetivo é atrair jovens viciados para a venda de drogas.

Há até o "Rap do ecstasy", tocado após a música trance para exaltar o consumo. Além disso, os traficantes também têm promovido suas festas em páginas de relacionamento virtual.

Ainda de acordo com a reportagem, entre as comunidades em que traficantes oferecem raves para fisgar viciados estão o Morro da Mangueira e o Morro dos Tefégrafos - ambos na zona norte -, Nova Holanda - no Complexo da Maré -, e o Morro do Fogueteiro - no Catumbi. Um dos traficantes, inclusive, é conhecido por fazer uso diário de ecstasy.

Apurada pelo jornal, a justificativa para o aumento da procura por raves nas favelas seria a pressão que a polícia do Estado faz desde o ano passado sobre os traficantes da classe média, muitos deles presos.

Sob essa perspectiva, a estratégia dos traficantes das favelas é considerada uma visão de empreendimento, já que atuam como comerciantes e enxergam no ecstasy a droga do futuro.

O texto destaca que o comércio de ecstasy no Rio de Janeiro já está presente na favela e não é mais algo restrito a jovens endinheirados, além de mostrar que o mercado de festas eletrônicas em São Paulo também se abastece de drogas provenientes do Estado vizinho

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