Nesta semana, um dos jornais mais lidos do Rio de Janeiro publicou uma matéria sobre festas de música eletrônica promovidas por traficantes nas favelas cariocas.
O teor da reportagem embarca nos lucros das drogas sintéticas, uma vez que os criminosos deixaram de assistir ao sucesso dos 'playboys' da zona sul na promoção das raves e na venda destas drogas e estão diversificando suas atuações.
Ao contrário do que acontece no mercado legal, nas favelas não existe cobrança de ingressos para entrar nas raves, pois o objetivo é atrair jovens viciados para a venda de drogas.
Há até o "Rap do ecstasy", tocado após a música trance para exaltar o consumo. Além disso, os traficantes também têm promovido suas festas em páginas de relacionamento virtual.
Ainda de acordo com a reportagem, entre as comunidades em que traficantes oferecem raves para fisgar viciados estão o Morro da Mangueira e o Morro dos Tefégrafos - ambos na zona norte -, Nova Holanda - no Complexo da Maré -, e o Morro do Fogueteiro - no Catumbi. Um dos traficantes, inclusive, é conhecido por fazer uso diário de ecstasy.
Apurada pelo jornal, a justificativa para o aumento da procura por raves nas favelas seria a pressão que a polícia do Estado faz desde o ano passado sobre os traficantes da classe média, muitos deles presos.
Sob essa perspectiva, a estratégia dos traficantes das favelas é considerada uma visão de empreendimento, já que atuam como comerciantes e enxergam no ecstasy a droga do futuro.
O texto destaca que o comércio de ecstasy no Rio de Janeiro já está presente na favela e não é mais algo restrito a jovens endinheirados, além de mostrar que o mercado de festas eletrônicas em São Paulo também se abastece de drogas provenientes do Estado vizinho
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